'Para desvendar a vida não bastam as ciências, são necessárias também as letras e as artes. E para viver a vida verdadeira, a vida por inteiro, é preciso a ela entregar-se com amor e paixão'.


domingo, 8 de maio de 2011

Artes e Informação


Eu sou uma apaixonada pelas artes. Quem me conhece sabe que amo qualquer tipo de manifestação artística: seja cinema, literatura, música ou outras. Não poderia ser diferente, uma vez que eu mesma gosto de me manifestar através da escrita. O maior problema que tenho visto nas artes nos últimos tempos é uma certa insistência em certos assuntos que acabam por ‘engessar’ a ampla gama de temas interessantíssimos que poderiam ser abordados. Se formos pensar sobre a literatura brasileira e/ou sobre a literatura mundial, quantos séculos de escritores oferecendo os mais ricos textos e as melhores histórias para serem reproduzidas em montagens teatrais ou cinematográficas. Claro que também não podemos esquecer dos incontáveis escritores da atualidade. Mas, infelizmente, não tenho encontrado grandes atrações, principalmente nos cinemas. Havia um tempo em que o espetáculo realmente enchia os olhos e elevava a alma. Hoje, os temas parecem se repetir de uma sala de cinema para a outra. Falsidade, sexo, intrigas, traições, violência, vícios, humor esdrúxulo, falta de caráter e ausência de Amor em praticamente todas produções. O Amor, quando aparece, é algo tão sutil quanto um beijo no final do filme. Estou comentando mais sobre cinema porque creio ser algo que as pessoas gostam de fazer para se divertir no final de semana. Quem de sã consciência sai alegre de um filme de guerra e violência? Eu sei que alguns gostam do gênero, mas alegres certamente não saem.

Agora vou estender esse comentário também aos programas de televisão: será que é minha impressão ou os temas também parecem incansavelmente repetitivos? Penso o seguinte a respeito disso: quando se tem um veículo de comunicação de massa, se pode fazer tantas coisas positivas para ajudar tantas pessoas que ficar com o dedo sempre sobre a mesma tecla é deixar de crescer e ajudar todos esses que têm os olhos fixos na tela buscando aprender algo de bom. Eu fico relembrando tempos de ouro como a Belle Époque, por exemplo, que foi um período de cultura cosmopolita na história da Europa: uma época marcada por profundas transformações culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o cotidiano. A informação é valiozíssima para ser desperdiçada com tão pouco como vem acontecendo. O uso correto dela pode transformar uma nação inteira e promover um crescimento tão assustadoramente fabuloso ao país e, principalmente, ao seu povo, que nos colocaria entre os grandes do mundo. A televisão é o divertimento de todos depois de um dia exaustivo de trabalho: se os programas tornarem-se mais ricos de informações boas e valiozas, além de divertidos, estarão melhorando a cultura e o conhecimento do povo.

Claro que eu não poderia deixar de citar que um desejo secreto meu era que o Amor fosse mais valorizado. Bem, acho que isso não é segredo há muito tempo na verdade. Faço esse comentário porque penso que se o Amor estiver presente nas produções – ou em pelo menos parte delas – isso tornaria as pessoas mais felizes. Acreditar em dias melhores e de paz, acreditar efetivamente no Amor faz bem para a mente e para a alma, o que já seria algo transformador para o nosso tempo.

Sonhar com belas artes, pessoas mais felizes e dias melhores é um dos meus maiores defeitos. Quem sabe não seria a minha maior qualidade? Creio que a melhor maneira de prender o imaginário de alguém é dando asas a infinitas maneiras de alcançar à verdadeira e eterna felicidade.

Felicidades e sorte sempre!

Eleonora Reis.

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